sexta-feira, 27 de março de 2009

MANU DIBANGO – Makossa Man (1974)





Desde seu nascimento em Camarões, em 1933, Manu Dibango se sentiu dividido entre dois mundos: seus pais, pertencentes a duas etnias rivais, lhe enviaram para uma cidade do interior da França para acabar seus estudos, em terras onde a presença de um negro era muito rara. Em 1952, quando um amigo lhe emprestou o sax, a vida de músico começou. No início dos anos 60, decidido pela profissão que teria por toda a vida, Dibango começou a trajetória pelo jazz, aproximando tradições africanas com a modernidade contemporânea. Em 1985 organizou uma campanha para arrecadar verba para a Etiópia que atravessava uma crise gigantesca, reunindo muitos músicos para gravar o single “Tam-Tam Pour L´Ethiopie”. Dibango foi pessoalmente levar o lucro obtido às vítimas da fome na Etiópia pra impedir desvios. Este músico sempre lutou pelo ideal de uma “África Elétrica”: “Há pessoas que pensam que os músicos africanos não podem tocar pianos, sintetizadores nem sax. Querem ver os africanos tocando tambor... mas isto está mudando”. A contribuição de Manu Dibango foi fundamental para esta mudança.
Texto baseado no livro “Músicas do Mundo – Africa”, Matthew Clarke (1995).
Este disco é o Makossa Man, de 1974. Gravado em Paris, mixado em NY.

Manu Dibango (sax tenor e soprano, piano, órgão, vibrafone, marimba e voz); Slim Pez (guitarra); Jerry Malekany (guitarra); Small Manu Rodanet (“tumba”); Harry Gatibelza (órgão); Phillipe Neveu (baixo); Manfred Long (baixo); Lucien Dobat (bateria); Claude Vamur (bateria) e Freddy N´Kounkou (percussão).






quinta-feira, 5 de março de 2009

Betty Davis - 1973




A maior cantora funk de todos os tempos. Betty Davis, bonita, sensual, musical, com muito estilo e atitude, e com seu vozeirão sexy bota as outras cantoras no chinelo. Não tem pra ninguém. Fora isso, olha o bandão que a acompanha neste seu disco de estréia, de 1973. Nada mais, nada menos que a cozinha do Sly & Family Stone, Larry Graham (baixo) e Greg Errico (bateria), o clavinete e o hammond de Hershall Kennedy do Graham Central Station, os beacking vocals das Pointer Sisters, o guitarrista Neal Schon, da banda do Santana, entre outros excelentes animaizinhos.

Nascida Betty Mabry, se casou aos 23 anos com Miles Davis, que tinha o dobro de sua idade. Foi Betty que apresentou Jimmy Hendrix e Sly Stone a Miles, entre tantos outros músicos do rock e do psicodelismo, que acabaram o influenciando fortemente na concepção de sua nova fase “fusion”, com seus discos “In a Silent Way” e Bitches Brew”. O casamento entre Betty e Miles durou cerca de um ano. Miles diz que Betty era muito jovem e selvagem para ele, e além disso andava desconfiando que ela viesse tendo um romance com Hendrix - fato que ela nega.
A partir de então ela se lançou na carreira de cantora, gravando apenas três discos, pois sofreu boicotes de rádios e de grupos conservadores. O caso é que sua atitude e suas letras provocativas escandalizavam um bocado os moralistas da época.

A bostagem aqui é do disco de 1973, que foi relançado em 2007 com três faixas bônus.

Bom aí vai então o veneno. Bom proveito a todos!