
Desde seu nascimento em Camarões, em 1933, Manu Dibango se sentiu dividido entre dois mundos: seus pais, pertencentes a duas etnias rivais, lhe enviaram para uma cidade do interior da França para acabar seus estudos, em terras onde a presença de um negro era muito rara. Em 1952, quando um amigo lhe emprestou o sax, a vida de músico começou. No início dos anos 60, decidido pela profissão que teria por toda a vida, Dibango começou a trajetória pelo jazz, aproximando tradições africanas com a modernidade contemporânea. Em 1985 organizou uma campanha para arrecadar verba para a Etiópia que atravessava uma crise gigantesca, reunindo muitos músicos para gravar o single “Tam-Tam Pour L´Ethiopie”. Dibango foi pessoalmente levar o lucro obtido às vítimas da fome na Etiópia pra impedir desvios. Este músico sempre lutou pelo ideal de uma “África Elétrica”: “Há pessoas que pensam que os músicos africanos não podem tocar pianos, sintetizadores nem sax. Querem ver os africanos tocando tambor... mas isto está mudando”. A contribuição de Manu Dibango foi fundamental para esta mudança.
Texto baseado no livro “Músicas do Mundo – Africa”, Matthew Clarke (1995).
Este disco é o Makossa Man, de 1974. Gravado em Paris, mixado em NY.
Manu Dibango (sax tenor e soprano, piano, órgão, vibrafone, marimba e voz); Slim Pez (guitarra); Jerry Malekany (guitarra); Small Manu Rodanet (“tumba”); Harry Gatibelza (órgão); Phillipe Neveu (baixo); Manfred Long (baixo); Lucien Dobat (bateria); Claude Vamur (bateria) e Freddy N´Kounkou (percussão).
Manu Dibango (sax tenor e soprano, piano, órgão, vibrafone, marimba e voz); Slim Pez (guitarra); Jerry Malekany (guitarra); Small Manu Rodanet (“tumba”); Harry Gatibelza (órgão); Phillipe Neveu (baixo); Manfred Long (baixo); Lucien Dobat (bateria); Claude Vamur (bateria) e Freddy N´Kounkou (percussão).
