domingo, 19 de outubro de 2008

Lonnie Liston Smith



Faz-se uma certa confusão com o nome Lonnie Smith. Existem 2 tecladistas americanos de jazz  com o mesmo nome: um, é o organista que adotou a alcunha de "Dr. Lonnie Smith"; o outro é Lonnie Liston Smith, mais ligado ao fusion. Trataremos hoje do segundo.


Lonnie Liston Smith começou como pianista de Pharoah Sanders e Gato Barbieri, entre outros, e no começo dos anos 70 assumiu de vez os teclados eletro-mecânicos e eletrônicos tocando com a banda pós Bitches Brew de Miled Davis, nos álbuns On The Corner e Big Fun para ser mais exato. Em 1973 iniciou com seu irmão Donald Smith o projeto Cosmic Echoes. Menos experimental e mais funk e "espiritual" que o trabalho com Miles, os primeiros discos são baseados em longos temas na sua maioria instrumentais, com vocais ocasionais e muito ARP Strings e piano Rhodes com phaser.
2 discos de Lonnie Liston Smith & the Cosmic Echoes: "Expansions" de 1974 e "Visions of a New World" de 1975.






terça-feira, 14 de outubro de 2008

Tom Jobim - Matita Perê - 1973







Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim; Maestro soberano.
Carioca, nascido em 25 de janeiro de 1927 e falecido em 8 de dezembro de 1994.
Compositor, pianista, violonista, maestro, arranjador e cantor, é considerado um dos maiores nomes da música popular mundial e um dos principais criadores do movimento "Bossa Nova", no final dos anos 50.
Venho postar um disco de fundamental importância na carreira de Tom Jobim, o “Matita Perê”.
Disco gravado em janeiro de 1973 e lançado no mesmo ano, retrata bem a fase em que Tom se aprofundou nos estudos sobre a cultura brasileira, a fauna e a flora, e principalmente sobre as aves e a mata atlântica. A letra da música Águas de Março aborda de forma direta estas pesquisas que ele vinha fazendo. Aliás esta música já tinha sido gravada pela Elis Regina um ano antes, em 1972, e foi regravada pelos dois no clássico "Elis e Tom" um ano depois, em 1974.

As primeiras gravações do Matita Perê chegaram a ser feitas no Rio de Janeiro, mas não satisfeito com o resultado, Tom preferiu regravar tudo em New York, nos estúdios da Columbia. O disco conta com com arranjos do Alemão Claus Orgeman, com quem ele já havia trabalhado em outros discos como o “Francis Albert Sinatra e Antônio Carlos Jobim” em 1967.
Trate-se de um disco experimental, com bastante orquestra, bem progressivo, com músicas mais longas e tristes, onde Tom começa a mostrar seu talento também como letrista, já que a maioria de suas músicas dos anos 50 e 60 eram letradas por vários parceiros de composição.

Os músicos que participaram das gravações do Matita Perê foram:

Tom Jobim – Voz, Violão e Piano
João Palma e Airto Moreira – Bateria e Percussão
Harry Lookousky – Spalla

Claus Orgeman – Arranjos e Regência
Eduardo Athayde - Direção de produção
Frank Laico - Engenheiro de som




Tom Jobim: O maior compositor brasileiro de todos os tempos.